Foi como que música para os ouvidos de João Isidoro. O novo presidente nacional do MPT diz que a postura que o partido vai seguir, a nível nacional, será a que já existe na Madeira: criticar quando é preciso criticar, mas apresentando alternativas; apoiar quando se tem de apoiar; e elogiar quando é para elogiar. Pedro Quartin Graça sai da Madeira como novo presidente da Comissão Política Nacional do MPT, depois de ver a sua Moção de Orientação Política Global aprovada por unanimidade e a lista que apresentou aos órgãos nacionais ter uma votação semelhante. Das 60 pessoas que a votaram, 55 disseram sim e 5 não manifestaram a opinião, apresentaram votos em branco. Com o documento 'Voltar à terra, construir o futuro', Quartin Graça propôs uma forma para encarar o futuro diferente da que diz vigorar em Portugal. Um ecodesenvolvimento, ou uma ecologia humanista. Sobre o MPT-Madeira disse ainda ser a estrutura mais activa, no plano nacional e que a eleição, em 2007, de um deputado à Assembleia Legislativa da Madeira, em listas próprias, foi "um marco histórico" na vida do partido.O MPT tem mais dois deputados. Estão no parlamento nacional e integram o grupo parlamentar do PSD, na sequência de um acordo eleitoral estabelecido em 2005. Foi já depois do que chamou um percurso de resistência, em que houve tentativas para extinguir o partido, nomeadamente através de coimas e "artifícios legais".Quartin Graça faz um balanço muito positivo a essa ligação ao PSD, mas deixa claro que não se confundem os papeis nos outros planos: "Somos oposição no continente ao PS, na Madeira ao PSD e nos Açores ao PS".PSD é o adversário principalNão poderia ser mais a propósito do que João Isidoro incansavelmente afirma e ontem repetiu no congresso do partido: "O nosso principal adversário é o PSD-Madeira".Sobre o Congresso, o presidente regional do partido diz fazer uma "balanço muito positivo". Foi, ao que afirma, um reconhecimento do trabalho feito na Região, pela Comissão Política Nacional cessante. Trabalho esse de mobilização de militantes e de oposição ao poder vigente. Isidoro afirma que o MPT-M é um partido "profundamente autonomista", que "defende a Madeira e o estatuto Político-Administrativo, independentemente de quem está no poder em Lisboa".