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27.11.07, Pedro Quartin Graça
CDS: Ribeiro e Castro diz que «é absurdo» alimentar dúvidas
Ribeiro e Castro defendeu publicamente esta posição segunda-feira num debate em Leiria, promovido pela Escola Secundária Domingos Sequeira, no quadro do programa Euroescola, sobre o tema «União Europeia - Oportunidades, desafios e Participação), e, hoje, em declarações à Lusa, retomou esses argumentos.
Diário Digital / Lusa
O ex-líder do CDS-PP José Ribeiro e Castro considerou hoje «absurdo» alimentar «dúvidas e mistérios» quanto à posição do partido sobre o Tratado de Lisboa e sobre o referendo, manifestando-se claramente a favor de uma consulta popular.
«Eu digo sim à ratificação do Tratado, e sim à realização do referendo», afirmou o eurodeputado e antecessor de Paulo Portas na liderança do CDS, em declarações à Agência Lusa.
Ribeiro e Castro defendeu publicamente esta posição segunda-feira num debate em Leiria, promovido pela Escola Secundária Domingos Sequeira, no quadro do programa Euroescola, sobre o tema «União Europeia - Oportunidades, desafios e Participação), e, hoje, em declarações à Lusa, retomou esses argumentos.
Questionado sobre a ausência de posição do CDS-PP sobre estas matérias a menos de um mês da assinatura do Tratado reformador da UE (a 13 de Dezembro), Ribeiro e Castro foi claro.
«Considero que seria caricato e negativo não haver referendo. Seria um absurdo que se alimentassem quaisquer dúvidas sobre essa posição», disse, recusando no entanto fazer interpretações em relação ao que tem dito o actual líder Paulo Portas sobre a matéria.
Ribeiro e Castro salientou que, durante os dois anos da sua liderança, até Abril deste ano, o CDS foi favorável ao tratado e à realização de um referendo para o ratificar.
«Não percebo que haja grandes dúvidas, grandes mistérios a esse respeito«, referiu.
Para o antigo presidente democrata-cristão, este »é um assunto claro« e que »teve uma lógica sequencial«, lembrando que já teria havido referendo em Portugal caso o Tribunal Constitucional não tivesse 'chumbado' a pergunta proposta pela Assembleia da República.
«Hoje já não existe esse tipo de problemas e, graças à revisão constitucional então efectuada, já é possível colocar uma pergunta clara sobre o tratado», reforçou.
O CDS-PP só irá tomar posição quer sobre o conteúdo do Tratado de Lisboa quer sobre a sua forma de ratificação depois da assinatura do Tratado.
O partido vai realizar três audições públicas na Assembleia da República - a 03, 10 e 17 de Dezembro - e só depois voltará a reunir o Conselho Nacional para tomar posição sobre a matéria.
Diário Digital / Lusa
27-11-2007 10:48:00