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19.10.07, Pedro Quartin Graça

O TRATADO "REFORMADOR" DE LISBOA...
Para lá do já habitual nacional-saloismo que nos impede (ao Governo português, leia-se) de saber marcar uma qualquer posição no contexto europeu que não seja do mais vil servilismo, e muito menos uma posição firme como, por exemplo, deixar bem claro aos outros Estados-membros da UE que, independentemente das suas responsabilidades como Presidente neste semestre, em Portugal foi feita uma promessa eleitoral aos portugueses de que o Tratado seria referendado, a própria forma como a União Europeia aceitou negociar e fechar este tratado fica para a História, mas pela negativa, como bem assinalou Francisco Almeida Leite no Blog Corta Fitas. http://corta-fitas.blogspot.com/
O texto final aprovado corresponde, no fundo e à parte da cosmética que lhe foi dada, ao antigo e defunto Tratado Constitucional. À anterior presidência alemã coube o trabalho sério. A Portugal restou fazer as contas de merceeiro, matéria em que somos especialistas. Ou alguém acredita que foi neste últimos dias, ou semanas, que a tão (auto) elogiada diplomacia portuguesa conseguiu fazer o milagre de pôr todas as partes em diálogo e acertar o texto definitivo? Não me façam rir!
Preparamo-nos agora para dispensar o referendo ao texto do Tratado. Com o argumento de que não é um tratado constitucional mas apenas um tratado reformador. Uma vez mais, e com o mesmo argumento de sempre, a população portuguesa (e a europeia em geral) ficará impossibilitada de definir o seu futuro.
Ao invés de se realizar um referendo em todos os Estados-membros da UE, no mesmo dia, o que legitimaria de forma definitiva o processo de construção europeia, Sócrates defenderá a desnecessidade de tal referendo, bastando a simples aprovação parlamentar do texto.
Nunca como agora a opinião das populações assustou os governantes do "Velho Continente". Com a decisão de não referendar o Tratado, que se adivinha como certa, o futuro da UE fica (de novo) irremediavelmente comprometido. Será que nunca aprendem?
O texto final aprovado corresponde, no fundo e à parte da cosmética que lhe foi dada, ao antigo e defunto Tratado Constitucional. À anterior presidência alemã coube o trabalho sério. A Portugal restou fazer as contas de merceeiro, matéria em que somos especialistas. Ou alguém acredita que foi neste últimos dias, ou semanas, que a tão (auto) elogiada diplomacia portuguesa conseguiu fazer o milagre de pôr todas as partes em diálogo e acertar o texto definitivo? Não me façam rir!
Preparamo-nos agora para dispensar o referendo ao texto do Tratado. Com o argumento de que não é um tratado constitucional mas apenas um tratado reformador. Uma vez mais, e com o mesmo argumento de sempre, a população portuguesa (e a europeia em geral) ficará impossibilitada de definir o seu futuro.
Ao invés de se realizar um referendo em todos os Estados-membros da UE, no mesmo dia, o que legitimaria de forma definitiva o processo de construção europeia, Sócrates defenderá a desnecessidade de tal referendo, bastando a simples aprovação parlamentar do texto.
Nunca como agora a opinião das populações assustou os governantes do "Velho Continente". Com a decisão de não referendar o Tratado, que se adivinha como certa, o futuro da UE fica (de novo) irremediavelmente comprometido. Será que nunca aprendem?