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Neste o momento o MPT tem dois deputados eleitos nas listas do PSD, Luís Carloto Marques e Pedro Quartin Graça, este último é o rosto mais visível deste movimento. Nas últimas eleições intercalares para a CML, Pedro Quartin Graça concorreu como cabeça de lista do MPT, obtendo apenas 0,53% da votação, mais 0,15% que o PPM, que ficou em último. Assumidamente monárquico, o deputado é associado do Instituto da Democracia Portuguesa, que tem como Presidente Honorário D. Duarte Pio de Bragança.
Este movimento partidário é dos que melhor tem sabido utilizar a internet, dentro dos chamados pequenos partidos, para divulgar as suas actividades, principalmente de âmbito parlamentar. Conta para isso de um site moderno e actualizado regularmente, de um canal de vídeos no Youtube e do blog de PQG, que o tem utilizado para saber a opinião dos leitores, através de votações on-line, sobre como deve o MPT concorrer em 2009.
Nas últimas eleições para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira, o MPT conseguiu obter representação parlamentar, devido a uma cisão ocorrida no PS-Madeira. Neste momento parece contar com bastante actividade no arquipélago, estando o MPT-Madeira em fase de crescimento e afirmação.
Na verdade, existem por toda a Europa vários partidos ecologistas com assento parlamentar, alguns deles até com forte implementação na vida política. Em Portugal o cenário é completamente diferente, o movimento ecologista de índole partidária foi morto à nascença pelo PCP, com a criação do seu satélite, o Partido Ecologista “Os Verdes”. O MPT apareceu em 1994 como algo de novo, defendendo uma política ecológica de índole ruralista, que foge da esquerda para a direita. Ao fim de 14 anos o projecto parece estar longe de ter vencido e se continuar a concorrer anexado às listas do PSD, pode morrer pela inexistência.
De facto, tanto o MPT, como o PPM e a Nova Democracia, só fazem sentido coligados. Digo isto por representarem um número de eleitores precentualmente baixo, nunca conseguindo ter a projecção mediática sozinhos, capaz dos levarem, por si sós, a uma verdadeira representação parlamentar. Face ao imobilismo do CDS e à confusão geral no PSD, os pequenos partidos de direita deviam aprender com a Esquerda e com o exemplo BE.
Se atendermos aos resultados de 2002, em que o MPT e o PPM concorreram sozinhos, verificamos que os dois somam 0,51% das votações a nível nacional, se juntarmos a isto os 0,7% da Nova Democracia ficamos com um total de 1,21% de expressão eleitoral. A estes dados devemos acrescentar o peso que o MPT e a Nova Democracia têm ganho na Madeira e que o PPM e também a Nova Democracia, muito graças ao nosso colega Paulo Gusmão, têm ganho nos Açores. É preciso acrescentar que existem distritos como o de Aveiro, onde a Nova Democracia teve quase 1% da votação em 2005, onde tem sede e tem vindo a ganhar implementação e projecção, representando aqui o MPT e PPM juntos, mais quase 0,5% dos votos.
Será melhor para o futuro do MPT continuar a concorrer nas listas do PSD? Não me parece.