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PEDRO QUARTIN GRAÇA

Blog pessoal criado em 2003

PEDRO QUARTIN GRAÇA

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30.04.06, Pedro Quartin Graça

A CONFIRMAÇÃO DA QUEDA DO NUCLEAR

Central José Cabrera fecha após 38 anos
Espanha encerra hoje a sua primeira central nuclear


30.04.2006 - 10h35 PUBLICO.PT



A central nuclear espanhola José Cabrera, conhecida como "Zorita", em Guadalajara, encerra hoje às 23h30. É uma vitória para os ambientalistas mas um problema para os trabalhadores e para as autarquias locais, que cuja povoação depende economicamente da central.

A decisão de encerrar a central foi tomada pelo governo de José Maria Aznar em 2002 e põe fim a um ciclo de vida de uma central com 38 anos. É a central mais antiga de Espanha e a primeira a ser encerrada de forma programada.

Hoje a central será desligada da rede, progressivamente. A produção de energia do reactor já está a diminuir e deve chegar aos 118 megawatts negativos à tarde, para que esteja a zero megawatts na hora do encerramento.

Dentro de uma semana, o reactor, que até aqui era refrescado com águas do rio Tejo, será inundado e serão retiradas as 69 barras de urânio.

A empresa Unión Fenosa, proprietária da central nos próximos três anos, vai supervisionar as operações complexas para desmantelar a fábrica, que só devem terminar em 2015 e custarão 170 milhões de euros.

"Zorita" fecha e deixa uma povoação de 800 pessoas, de Almonacid de Zorita, a desejar o seu regresso. Os habitantes desta povoação a três quilómetros da central não temem a energia nuclear e a sua economia depende da estrutura que se criou em torno da central. Outras vilas, como Albalate de Zorita e Pastrana, também serão afectadas pelo fim da central.

O encerramento da central nuclear José Cabrera não agrada, portanto, a todos. Os ambientalistas, os grandes vencedores da batalha contra a energia nuclear, organizaram-se em plataformas como a "Zorita nem mais um ano", e contaram com o apoio de políticos de várias forças, sobretudo da esquerda espanhola, sindicatos, comissões de motadores. Todos vão hoje brindar, às 13h00 locais (12h00 em Lisboa), ao encerramento da central.

"Zorita" fecha em pleno debate sobre o regresso da aposta na energia nuclear e dias depois do aniversário dos 20 anos do desastre de Tchernobil, na Ucrânia.
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Espanha encerra central de Guadalajara

Decisão inédita do Governo de Madrid visa reduzir a produção de energia nuclear



As autoridades espanholas vão hoje encerrar definitivamente a central nuclear mais antiga do país, em Guadalajara, por decisão do Governo e na sequência de apelos de organizações ambientalistas, que a consideram pouco segura.

A central José Cabrera, propriedade da Unión Fenosa, é uma das sete existentes em Espanha e o seu encerramento está previsto para as 21h30 de Lisboa.

A central, situada em Almocinad de Zorita, próximo de Guadalajara, está em funcionamento há 38 anos, mas a Fenosa garante que estaria em perfeitas condições de cumprir o ciclo produtivo de 40 anos e fechar portas apenas em 2008, como inicialmente previsto.

No seu lugar, a eléctrica irá construir uma central eléctrica clássica de ciclo combinado, com dois grupos geradores de 400 megawatts e uma potência cinco vezes superior à da sua antecessora.

Esta é a primeira vez em Espanha que uma central nuclear é encerrada por decisão política.

As centrais nucleares espanholas geram actualmente 22,8 por cento da produção eléctrica do país e a questão tem sido alvo de debate entre vários sectores da sociedade.

O Ministério da Indústria espanhol tem organizado sessões de trabalho mensais entre industriais, ecologistas e diversas entidades públicas e pretende apresentar brevemente as suas conclusões sobre o futuro da energia nuclear em Espanha.

In. SIC + Lusa
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Nuclear de Guadalajara encerra
30-04-2006 16:44:00



A central nuclear mais antiga Espanha, em Guadalajara, vai hoje encerrar definitivamente por decisão do governo e na sequência de apelos de organizações ambientalistas, que a consideram pouco segura.


A central José Cabrera, propriedade da Unión Fenosa, é uma das sete existentes em Espanha e o seu encerramento está previsto para as 21:30 de Lisboa.

A central, situada em Almocinad de Zorita, próximo de Guadalajara, está em funcionamento há 38 anos, mas a Fenosa garante que estaria em perfeitas condições de cumprir o ciclo produtivo de 40 anos e fechar portas apenas em 2008, como inicialmente previsto.

No seu lugar, a eléctrica irá construir uma central eléctrica clássica de ciclo combinado, com dois grupos geradores de 400 megawatts e uma potência cinco vezes superior à da sua antecessora.

Esta é a primeira vez em Espanha que uma central nuclear é encerrada por decisão política.

As centrais nucleares espanholas geram actualmente 22,8% da produção eléctrica do país e a questão tem sido alvo de debate entre vários sectores da sociedade.

O ministério da Indústria espanhol tem organizado sessões de trabalho m ensais entre industriais, ecologistas e diversas entidades públicas e pretende apresentar brevemente as suas conclusões sobre o futuro da energia nuclear em Espanha.

In: Observatório
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30.04.06, Pedro Quartin Graça

Dados confirmados pelo Governo e pela Quercus
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Nova refinaria de Sines vai emitir seis milhões de toneladas de carbono

A refinaria que o empresário Patrick Monteiro de Barros e outros investidores pretendem construir em Sines vai emitir seis milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, constituindo uma das instalações industriais do país com maior contribuição unitária para o aquecimento global. Este número foi confirmado ontem ao PÚBLICO pelo secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, e é avançado também pela associação ambientalista Quercus.

Segundo o governante, o estudo de impacte ambiental que está em análise neste momento aponta para 2,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono emitidos pela refinaria em si, através dos processos de transformação de petróleo em derivados. No entanto, outras unidades que têm de ser construídas para que a refinaria funcione, em especial uma central de co-geração, para produzir electricidade e vapor, lançarão uma quantidade ainda maior de carbono para a atmosfera. "O total ultrapassa as seis milhões de toneladas", afirma o secretário de Estado.

Ao abrigo do sistema europeu de comércio de emissões, a refinaria terá de possuir licenças para o dióxido de carbono que emitirá anualmente. A associação ambientalista Quercus opõe-se a que estas licenças sejam atribuídas gratuitamente à refinaria, assim como às novas centrais térmicas que deverão ser construídas até 2012.

Nos cálculos da Quercus, se a refinaria estiver operacional em 2010, nos três anos até 2012 as emissões custariam um total de 360 milhões de euros - caso o preço da tonelada de carbono seja de 20 euros. Este custo tem de ser tido em conta no plano de investimento do projecto, e não suportado pelo Estado, segundo a associação. A refinaria, diz a Quercus num comunicado, "tornará Portugal num país mais insustentável em termos de emissões de gases de efeito de estufa".

O secretário de Estado do Ambiente diz que dificilmente a totalidade das emissões da refinaria poderão ser contempladas no novo Plano Nacional de Alocação de Licenças de Emissões (PNALE), para 2008-2012, que está neste momento a ser elaborado. Os planos para a primeira fase do comércio de emissões (2005-2007) foram generosos e a Comissão Europeia exige que os Estados-membros reduzam o bolo de licenças que atribuirão agora na segunda fase.

Portugal poderia ter um PNALE novamente generoso, caso o Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC), que também está em revisão, contivesse novas medidas para reduzir emissões em grande quantidade em outros sectores, como nos transportes. Humberto Rosa sugere, porém, que isto dificilmente ocorrerá. "A revisão do PNAC põe-nos numa situação mais desafogada. Mas não estamos num cenário em que nosso défice para o cumprimento do Protocolo de Quioto desaparece por completo", afirma.

Segundo o Protocolo de Quioto, um tratado internacional para o combate às alterações climáticas, Portugal pode aumentar no máximo em 27 por cento as suas emissões de carbono até 2012, em relação aos níveis de 1990. Só a refinaria representaria um aumento de 10 por cento nas emissões de 1990. Este valor pode, porém, não ser integralmente contabilizado, caso a refinaria compre as suas licenças de emissões no mercado.

In: Público, 30.4.2006

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28.04.06, Pedro Quartin Graça
DEPOIS DE ANTERIOR INICIATIVA PARLAMENTAR DO DEPUTADO DO MPT PEDRO QUARTIN GRAÇA POLÉMICA CRESCE



Ribeiro e Castro escreve a Sócrates sobre caso Betandwin

O líder do CDS/PP, José Ribeiro e Castro, exigiu ao primeiro-ministro ter acesso ao parecer da Procuradoria-Geral da República sobre o caso Betandwin, numa carta enviada a José Sócrates a que a Lusa teve hoje acesso.
«Temos conhecimento de que a Procuradoria-Geral da República já emitiu um parecer sobre a matéria, o qual foi oportunamente transmitido à Secretaria de Estado dos Desportos, mas de que não foi dado público conhecimento», afirmou Ribeiro e Castro, na carta enviada quinta-feira.

Ao abrigo do Estatuto da Oposição, o líder do CDS pede ao Governo que lhe seja enviada uma cópia deste documento.

Sublinhando que o parecer já foi emitido há algum tempo e que, entretanto, surgiram «factos preocupantes», Ribeiro e Castro pede que o parecer lhe seja enviado com «a maior brevidade e urgência».

O contrato de patrocínio da Betandwin à Liga de Futebol foi considerado nulo em tribunal, tendo a actividade da empresa de jogo online sido classificada como ilegal em Portugal, anunciou segunda-feira a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).

Para o tribunal, a Betandwin está a violar o direito nacional já que a legislação portuguesa atribui à SCML o exclusivo da exploração no país de jogos sociais.

No entanto, a decisão judicial não obriga a empresa de jogo online a suspender de imediato os efeitos do contrato de patrocínio.

Na quarta-feira, em conferência de imprensa, Ribeiro e Castro exigiu que o Governo exerça a sua autoridade administrativa no caso do patrocínio da Betandwin à Liga de Futebol e impeça a continuação de «uma ilegalidade».

«É um atentado à política social de jogos», criticou Ribeiro e Castro, considerando que o Governo tem de exercer o seu «poder administrativo» para corrigir uma situação a que «assistiu com total indiferença durante quase um ano».

Para o líder do CDS, o executivo socialista deveria ter emitido «instruções claras» à Federação Portuguesa de Futebol, que tem estatuto de utilidade pública, no sentido de «proibir este patrocínio e exigir a rescisão contratual».

A Betandwin, empresa austríaca que conta mais de um milhão de utilizadores, estabeleceu, a 18 de Agosto de 2005, um contrato de patrocínio da Superliga de futebol para quatro épocas, o que implica um investimento aproximado de dois milhões de euros por ano.

Diário Digital / Lusa

28-04-2006 17:37:00

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28.04.06, Pedro Quartin Graça




Portugal vai ter megacentral solar

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - Sexta, 28 de Abril de 2006
Edição Papel


Portugal vai ter a maior central solar fotovoltaica do mundo. O projecto, a instalar na zona de Serpa, representa um investimento de 75 milhões de dólares (cerca de 60 milhões de euros) e resulta da iniciativa de duas empresas norte-americanas e uma portuguesa.

Com uma potência de 11 megawatts e 52 mil módulos fotovoltaicos, a nova unidade de produção de energia solar vai permitir fornecer electricidade a oito mil lares portugueses e permite poupar mais de 30 mil toneladas anuais de emissões de gases com efeito de estufa, quando comparada com uma produção equivalente a partir de combustíveis fósseis.

A GE Energy Financial Services, a PowerLight Corporation e a Catavento Lda (ver caixa) asseguram, em comunicado, que a construção da central arranca já no próximo mês, prevendo-se que esteja a funcionar em pleno em Janeiro de 2007.

A escolha da localização tem a ver com o facto de Serpa estar situada numa das áreas de maior exposição solar da Europa (o Alentejo) e de esta zona dispor de maiores facilidades de ligação à rede nacional de transporte de electricidade, explicou ao DN Piero Dal Maso, responsável da Catavento, a única empresa portuguesa do consórcio. O projecto vai ficar implantado numa área agrícola de 60 hectares voltada a sul, que manterá, no entanto, a sua vocação produtiva.

"Este investimento constitui um passo importante para a GE Energy Financial Services, não só porque se trata da maior central de energia solar fotovoltaica do mundo, mas também porque é o nosso primeiro projecto de energia solar na Europa e nos coloca perto da marca de um bilião de dólares do nosso portfolio global de energias renováveis", refere Alex Urquhart, CEO da GE Energy Financial Services. "Para além disso, a unidade utilizará a inovadora tecnologia de seguimento solar da PowerLight, que reforçará as suas vantagens energéticas."

Andrew Marsden, director-geral das Operações Europeias da GE, acrescenta ainda que a central "constituirá uma contribuição importante para os objectivos de produção de energia solar de Portugal e faz parte da sua estratégia de redução das emissões de gases com efeito de estufa."

"Para nós, vem reforçar a nossa estratégia de investir em projectos de energias renováveis de alta qualidade na Europa em regimes regulamentares favoráveis, como é o caso de Portugal. A central de Serpa elevará para 177 megawatts o nosso portfolio de energias renováveis", sublinha.

Para Piero Dal Maso, sócio gerente da Catavento, "este projecto culmina anos de esforços administrativos e regulamentares na nossa estratégia de implantação de uma grande central solar em Portugal".

Sérgio Costa, outro dos sócios gerentes da Catavento, sublinha: "Esperamos que esta unidade demonstre claramente que a energia solar fotovoltaica é uma promissora fonte de energia alternativa, que deveria estar liberta de bloqueios."

O projecto de Serpa foi apresentado à Direcção-Geral da Energia (DGE) em 2002 e só agora está a arrancar, explicou Piero Dal Maso. E a Catavento tem outros investimentos em energia solar para avançar, que aguardam há já algum tempo por autorizações da DGE.

Segundo aquele responsável da Catavento, a Direcção-Geral de Energia não tem capacidade para dar resposta à quantidade enorme de pedidos para projectos de energia solar. "Em Janeiro de 2005, registava 3600 pedidos", recorda.

A Catavento, criada em 2002 por três sócios portugueses, tem, entretanto, já em marcha alguns projectos para Espanha e Itália.

Em Portugal, está a preparar-se para concorrer a algumas centrais de biomassa, colocadas a concurso pelo Governo este ano. C

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28.04.06, Pedro Quartin Graça

Figura de referência do teatro e cinema português
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Morreu a actriz Glicínia Quartin



A actriz Glicínia Quartin, figura de referência da renovação do teatro e cinema portugueses, morreu hoje, aos 81 anos, na sua casa em Lisboa, revelou a família.

Nascida em Dezembro de 1924, Glicínia estreou-se nos palcos com 26 anos, ainda como amadora, na peça “Roberto e Melisandra”, levada à cena pelo Grupo de Teatro Experimental.

É nesse período que se notabiliza como intérprete da renovação do teatro experimental, com passagem pelas companhias de Cascais e Porto. Duas décadas depois, toma parte no lançamento do teatro independente, sendo fundadora das companhias Os Bonecreiros e do Teatro da Cornucópia. Será a este último que regressará em Julho de 2004 para a sua última representação, em "A Família Schroffenstein", uma peça de Kleist, encenada por Luís Miguel Cintra.

Fora dos palcos, Glicínia Quartin participou no arranque do Cinema Novo, protagonizando "D. Roberto" (1962) de Ernesto de Sousa, a sua estreia na sétima arte, já depois de várias participações no teatro televisivo, em peças como "Guerras de Alecrim e Manjerona" ou "Frei Luís de Sousa". "A Caixa" (1994), de Manoel de Oliveira, e "A Comédia de Deus" (1995), de João César Monteiro, são alguns dos filmes em que participou nos últimos anos.

No seu 80º aniversário, a 20 de Dezembro de 2004, o então Presidente da República, Jorge Sampaio, distinguia-a com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, o último de uma série de galardões com que foi distinguida e dos quais se destacam ainda o Prémio Nacional de Teatro Lucília Simões (1968) ou Prémio da Crítica (1972), este último pela participação em "As Criadas", de Jean Genet, uma das suas interpretações mais recordadas, ao lado de Eunice Muñoz e Lurdes Norberto.

Os seus 80 anos foram também assinalados com a estreia de "Conversas com Glicínia", um documentário-entrevista, assinado por Jorge Silva Melo, recentemente exibido pela 2.

O corpo da actrtiz estará, a partir das 12h00 de amanhã, em câmara ardente na capela do Cemitério dos Prazeres, estando o funeral marcado para as 11h00 de sábado.

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28.04.06, Pedro Quartin Graça

Sexta, 28 de Abril de 2006

Programa de Governo



PS só quer decisão sobre nuclear depois de 2009

Rita Tavares



O Programa de Governo não contempla uma central nuclear, mas o debate vai avançar já. O PSD quer referendo antes da decisão.

O PS garantiu ontem que uma decisão política sobre a energia nuclear só será tomada depois de 2009, quando estiver feito o “debate racional”, pretendido pelo primeiro-ministro, sobre esta matéria. Para já, o Governo sabe que conta com a oposição de PSD, BE e Verdes, com os social-democratas a defenderem mesmo que qualquer decisão só seja tomada depois de um referendo nacional.

O assinalar dos 20 anos sobre o acidente nuclear de Chernobyl serviu de pretexto à oposição para lembrar o recuo de José Sócrates sobre a energia nuclear. Em Fevereiro “afirmou publicamente que o nuclear não estava na agenda deste Governo”, recordou Quartin Graça, do PSD. “Escassos dois meses depois” o PM já falava num “debate racional” sobre o assunto.

No entender social-democrata o discurso de Sócrates “cedeu às evidentes pressões do lobby nuclear”. Quartin Graça diz mesmo ser “falso” o argumento de que o nuclear seria uma resposta ao aumento do preço do petróleo já que é uma “forma mais cara de se produzir electricidade quando se considera o ciclo completo”. E exemplifica com França onde nos últimos 50 anos, “os subsídios públicos à energia nuclear foram na ordem dos 145 biliões de dólares”.

Nesta ‘luta’, o PSD está ao lado do BE e dos Verdes. Alda Macedo, do Bloco, acusa o Governo de ter uma política de “cata-vento” na energia, lembrando que “há oito meses, a solução para a dependência do petróleo era o vento”. O BE alerta, tal como os Verdes , para o perigo que envolve a produção desta forma de energia.

A tudo, o PS responde com o Programa de Governo. No plenário, José Lello disse mesmo que “não há nenhum argumento válido para defender o nuclear” . Ao DE, Vitalino Canas assegura que o que o Governo quer é “fazer um debate em dois ou três anos” para “numa próxima legislatura” avançar com a decisão política que “até pode ser negativa”. O porta-voz socialista defende Sócrates e acredita que “seria irracional não acompanhar o debate” feito em todo o Mundo sobre esta matéria, exemplificando com a Finlândia que está a construir uma central nuclear. Só CDS e PCP não apresentam objecções à discussão do nuclear. Pires de Lima lembra que o CDS foi “o primeiro a arrancar com esta discussão” que justifica com o aumento do preço do petróleo ou os custos de produção da energia eólica. No PCP; Agostinho Lopes não descarta o nuclear, desde que “discutida com toda a racionalidade e incluída num grande debate sobre energias em Portugal”.

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27.04.06, Pedro Quartin Graça

ECOS DA IMPRENSA

Alertando para os perigos do nuclear
PSD, BE e Verdes lembram Chernobyl



PSD, BE e Verdes recordaram a explosão na central de Tchernobyl, ocorrida há precisamente 20 anos, considerando uma “fraude” as tentativas para convencer os portugueses de que o nuclear “é uma fonte de energia segura”.
“Negar, menorizar ou falsear o que se passou em Tchernobyl é uma peça essencial para tentar que a opinião pública portuguesa diminua o elevado grau de rejeição que tem em relação às centrais nucleares, como etapa para as poder impor a seguir”, afirmou no Parlamento o deputado do Movimento Partido da Terra (MPT) eleito nas listas do PSD Quartim Graça.
O acidente ocorrido a 26 de Abril de 1986 na central de Tchernobyl, na Ucrânia (que integrava a então União Soviética), provocou, directa ou indirectamente, 9.000 mortes, de acordo com dados da ONU. Estes dados têm sido contestados por várias organizações ambientalistas, como a Greenpeace, que indica um total de 93.000 mortos.

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27.04.06, Pedro Quartin Graça

ECOS DA IMPRENSA


PSD quer referendo ao nuclear


O PSD rejeitou ontem a opção pela energia nuclear acrescentando que uma decisão sobre esta matéria só é aceitável por via de uma consulta aos portugueses em referendo. Ao lado dos sociais-democratas estiveram o BE e os Verdes que recordaram a explosão na central de Tchernobyl, ocorrida há 20 anos.

"Negar, menorizar ou falsear o que se passou em Chernobyl é uma peça essencial para tentar que a opinião pública portuguesa diminua o elevado grau de rejeição que tem em relação às centrais nucleares, como etapa para as poder impor a seguir", afirmou no Parlamento o deputado do Movimento Partido da Terra (MPT ) eleito nas listas do PSD Quartim Graça. "Bastaria a eventualidade de acidente grave para a humanidade, possibilidade sempre presente, para fundamentar a sua rejeição", acrescentou.

"A segurança na produção de energia nuclear é um problema que os avanços da tecnologia não têm sido capazes de resolver, particularmente porque nenhuma tecnologia consegue prever a possibilidade do erro humano", disse, por sua vez, a deputada do BE Alda Macedo. "O que não é racional é começar um debate sobre energia nuclear sob a pressão do preço do petróleo", sustentou, defendendo a diversificação das fontes de energia a que Portugal recorre. Pelo Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), o deputado Francisco Madeira Lopes considerou também "falaciosos" os argumentos em defesa do nuclear, salientando que a "crise do petróleo" só veio recordar a dependência que Portugal apresenta em relação a esta fonte de energia. Para o deputado, a solução para essa dependência passa não pelo nuclear, mas pela aposta nas energias renováveis, como o vento ou as ondas. ITM -Edição de 27.4.2006

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27.04.06, Pedro Quartin Graça
MASSA CRÍTICA
28 ABRIL 2006

18H00 – LISBOA, MARQUÊS DE POMBAL
18H30 – PORTO, PRAÇA DOS LEÕES
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A Massa Crítica (também designada de Bicicletada) está inserida no contexto de um movimento internacional de nome “Critical Mass”, iniciado em São Francisco há já 10 anos. A ideia consiste em realizar um passeio lúdico e reivindicativo de bicicleta pelas ruas da cidade. Neste passeio os participantes divulgam de maneira criativa o uso de bicicletas e protestam contra o uso abusivo de transportes poluentes.

Objectivos:

Divulgar e promover o uso da bicicleta como meio de transporte;

2. Criar condições favoráveis ao uso da bicicleta como meio de transporte;

3. Tornar mais ecológicos os sistemas de mobilidade e transporte.

Resumo dos Princípios:
Não há hierarquia de cargos. As decisões são tomadas por consenso. A Massa Crítica é um movimento apartidário e não comercial. A participação é aberta a qualquer pessoa ou entidade que esteja de acordo com os objectivos do movimento. Para participar na Massa Crítica basta comparecer no local combinado, no dia e hora marcados com a sua bicicleta, skate ou patins. Não é preciso fazer qualquer tipo de inscrição ou pagar qualquer taxa. Os roteiros são decididos na hora e podem ser realizados por todos, inclusive principiantes. Pode trazer seus próprios panfletos, cartazes ou faixas ou usar os já existentes. Se é automobilista e não pode participar da Bicicletada pedalando, o seu apoio também é bem-vindo, seja divulgando a causa, seja respeitando o ciclista no seu dia a dia.

Para mais informações visite http://massacriticapt.net

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