MPT NA MADEIRA
Artigo de Opinião de João Isidoro
Diário de Notícias , 08-05-2008
Partido da Terra, um ano depois!
Sem complexos, reconhecemos o que de bom fez e continua a fazer o Governo Regional.O Partido da Terra comemora o seu primeiro aniversário na Região Autónoma da Madeira! Foi precisamente em Maio de 2007 que o Movimento Partido da Terra disputou, pela primeira vez, eleições legislativas regionais.
Nessa altura, o grupo de pessoas que deu corpo a este novo, mas aliciante projecto político assumiu com os eleitores da Madeira um conjunto de objectivos e de compromissos que, hoje, enquanto presidente, não posso deixar de relembrar à opinião pública em geral, mas particularmente aos eleitores que acreditaram e votaram MPT.
O primeiro dos objectivos foi posto em prática já durante a campanha eleitoral. Definimos e enfatizámos o desenvolvimento de uma estratégia política de oposição firme às medidas negativas dos Governos da República e da Região, mas assumimos, simultaneamente, uma postura séria de crítica serena e construtiva. Sem complexos, reconhecemos o que de bom fez e continua a fazer o Governo Regional para sentirmos legitimidade política e moral para criticar o que está mal, ou aquilo que falta fazer, e para, com credibilidade política, podermos apresentar propostas e estratégias alternativas.
Tal significa que, para o MPT, fazer ou ser oposição não pressupõe a crítica diária e destrutiva, sobretudo quando feita em tom exaltado e ofensivo, tão-só e apenas para constituir notícia pública ou publicada.Do nosso ponto de vista, e de acordo com a nossa estratégia de intervenção política e partidária, fazer oposição passará sempre por denunciar o que está mal, por chamar a atenção para as promessas não cumpridas, mas sempre numa perspectiva construtiva de ajudar a resolver os problemas existentes.
Seguindo esta orientação, durante o nosso primeiro ano de existência, apresentámos 15 iniciativas legislativas, cinco das quais foram aprovadas por unanimidade, o que significa o reconhecimento, quer do seu conteúdo quer da sua oportunidade política, por parte dos partidos com assento parlamentar.Efectuámos diversas visitas de trabalho político e partidário a todos os municípios da Região, abordando e ouvindo as principais preocupações e carências das respectivas populações.
Em Julho de 2007, realizámos o nosso 1º Congresso, fórum que serviu, sobretudo, para assumir junto dos militantes, simpatizantes e eleitores o compromisso de organizar o partido ao nível das Freguesias e Municípios.Já o fizemos no Funchal, em Câmara de Lobos e Santa Cruz.
Seguir-se-ão Machico, Santana e Porto Santo. O Partido da Terra pretende, desta forma, disputar as eleições autárquicas de 2009 e as regionais de 2011 de forma organizada e prestigiada, quer no plano local quer no plano regional.
Passado um ano de actividade política, é com satisfação que podemos afirmar o sentimento de não ter defraudado as expectativas daqueles militantes e simpatizantes que em nós confiaram.Um ano depois, sem complexos e com humildade democrática, reconhecemos que o MPT trouxe à cena política regional uma nova forma de fazer política.
Sem ofensas, sem radicalismos, sem demagogias, mas com uma preocupação primeira: ser parte da solução e não do problema. Optámos por uma actuação pedagógica, em detrimento da ofensa e do populismo barato e ineficaz. Tudo fizemos para chamar os cidadãos à participação cívica e política, ao invés de afastá-los ainda mais. Assumimos posições claras em defesa da Madeira, da sua Autonomia e pelo respeito do seu Estatuto Político-Administrativo.
Um ano depois e para finalizar, o grande objectivo do MPT-Madeira é o de constituir-se num partido alternativo, credível e merecedor do voto de todos os madeirenses e porto-santenses que, em 2009 e 2011, se sintam descontentes com a governação PSD, quer ao nível das Câmaras Municipais quer ao nível do Governo Regional.