Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

PEDRO QUARTIN GRAÇA

Blog pessoal criado em 2003

PEDRO QUARTIN GRAÇA

Blog pessoal criado em 2003

...

18.07.08, Pedro Quartin Graça

O ANO DE TRABALHO, SOBRETUDO PARLAMENTAR, FOI LONGO E CANSATIVO. TAMBÉM TENHO O DIREITO DE DESCANSAR, SE ME PERMITEM. ASSIM, E AINDA QUE NÃO ESTEJA DE FÉRIAS ATÉ ESSE DIA, SÓ AQUI VOLTAREI EM 15 de SETEMBRO.
ATÉ LÁ ESTOU A DESCANSAR. ACONSELHO A TODOS QUANTOS POSSAM IR À MADEIRA A PARTICIPAREM NA FESTA DO MPT EM 10 DE AGOSTO.
BOM DESCANSO E BOAS FÉRIAS!

...

08.07.08, Pedro Quartin Graça
A TAL ENERGIA SEGURA QUE JÁ NÃO TEM ACIDENTES...ONDE É QUE OUVIMOS ISTO?


França

Acidente em central nuclear, autoridades interditam água e rega

Líquido contendo vestígios de urânio enriquecido vazou hoje de uma central nuclear, no Sul de França, e uma parte escorreu para dois rios, anunciou a agência de segurança nuclear francesa

As autoridades proibiram o consumo de água dos poços em três localidades vizinhas e a rega de cereais a partir dos dois rios. A proibição estendeu-se aos banhos, desportos aquáticos e à pesca.

Uma porta-voz da Agência de Segurança Nuclear, Evangelia Petit, disse que trinta mil litros de uma solução que continha urânio vazaram de uma fábrica na central nuclear de Tricastin, a cerca de 40 quilómetros da histórica cidade de Avignon.

Outro funcionário da agência, Charles-Antoine Louet, disse que o líquido continha 360 quilogramas de urânio natural enriquecido que é apenas ligeiramente radioactivo embora tóxico.
«O risco é pequeno» , assinalou.

Uma parte da solução foi recuperada pela sociedade Socatri, onde ocorreu a fuga, outra diluiu-se nos rios e a terceira não atingiu o lençol freático, explicou o director de segurança das fábricas no Instituto de Radioprotecção e de Segurança Nuclear (IRSN), Thierry Charles.

A fábrica trata materiais e líquidos contaminados com urânio.

O derrame ocorreu às 6h30 (5h30 em Lisboa), durante uma operação de lavagem de um tanque.
O líquido escorreu de um reservatório que transbordou. Perdeu-se para a terra e para dois rios, o Gaffiere e o Lauzon, disse a agência.

Desconhece-se, por ora, a causa do vazamento.

A agência de segurança nuclear disse que as concentrações de urânio no Rio Gaffiere eram cerca de mil vezes superiores aos níveis normais, assegurando, contudo, que estavam a diminuir rapidamente.

«É a primeira vez que ocorre um incidente do género» , assegurou Gilles Salgas, responsável da comunicação de Socatri (grupo Areva). A fábrica funciona desde 1975.
Lusa / SOL

...

08.07.08, Pedro Quartin Graça
Dom Duarte relança "monarquias abertas"

FRANCISCO ALMEIDA LEITE


Fundão. Chefe da Casa Real volta ao terreno para debater a crise alimentar


Dom Duarte Pio de Bragança vai voltar amanhã ao terreno, desta vez no Fundão, para debater o tema "Crise alimentar nos centros urbanos".

O Chefe da Casa Real Portuguesa participa e encerra uma jornada de reflexão sobre os efeitos da crise na alimentação nas cidades e o desenvolvimento do mundo rural, organizada pelo Instituto da Democracia Portuguesa em parceria com a Associação de Beneficiários da Cova da Beira e com o apoio da Câmara Municipal do Fundão, liderada por Manuel Frexes, eleito pelo PSD, presidente dos Autarcas Sociais-Democratas (ASD) e conhecido "santanista".

Esta não é a primeira vez que Dom Duarte se lança numa iniciativa que muitos consideram uma "marcação à linha" às chamadas "presidências abertas" que o Chefe do Estado normalmente empreende - com Cavaco Silva chamam-se "roteiros".

No Alentejo, e com a Saúde como tema principal, o assunto foi alvo de debate aceso, inclusivamente entre monárquicos, na imprensa e na blogosfera nacional.Nestas autênticas "monarquias abertas", como lhes chamam os indefectíveis de Dom Duarte, participa um batalhão de especialistas em várias áreas, como: Canaveira Campos (presidente do Instituto Cooperativo António Sérgio), Campos Neves (Instituto Superior de Fafe), general Rodolfo Bacelar Begonha (antigo director da Polícia Judiciária Militar nos governos de Cavaco), Manuel Pereira Barrocas, Gonçalo Ribeiro Telles, Manuel Ferreira dos Santos, Frederico Brotas de Carvalho (um dos autores do "Erro da Ota), Fernando Paulouro, Mendo Henriques e António Gomes.

Como fazem os chefes de Estado há também lugar para a assinatura de protocolos com associações de agricultores de Castelo Branco, de beneficiários de regadios da Idanha e da Cova da Beira, UBI, Escola Superior Agrária de Castelo Branco, Universidade de Badajoz e a Direcção Regional de Agricultura.

...

07.07.08, Pedro Quartin Graça


MUNDIAL DE BTT EM VENOSC - ESPECTACULAR!

Venosc localiza-se nos Alpes e o trajecto foi filmado com uma câmera "embarcada".

...

06.07.08, Pedro Quartin Graça
PS e PSD receberam pequenos partidos e discutiram a Lei do financiamento dos partidos
Foi na passada quinta-feira que uma delegação de partidos com menor expressão eleitoral foi recebida pelo PS e pelo PSD na Assembleia da República. Integrei a referida delegação e é com gosto que aqui vos transmito o ambiente de compreensão e afabilidade com que fomos recebidos, quer pelos deputados Alberto Martins e Ricardo Rodrigues do PS, quer por Paulo Rangel do PSD.

Quanto ao resto, o telex da Lusa que abaixo reproduzo reflecte a realidade dos factos. Os nossos agradecimentos ao PS e ao PSD pela deferência com que nos receberam.

Lisboa, 3 Jul (Lusa) - O PS admitiu hoje fazer "pequenas correcções" à lei do financiamento dos partidos políticos e apontou para "Outubro ou Novembro" uma possível revisão do diploma, após uma audiência com vários partidos de expressão eleitoral reduzida. O PS, com maioria absoluta na Assembleia da República, revelou, através do deputado Ricardo Rodrigues, que o partido "irá rever a lei do financiamento no início da próxima sessão legislativa, em Outubro ou Novembro".

Um grupo de pequenos partidos políticos esteve reunido hoje à tarde com representantes do PS e do PSD, para expor as suas propostas de alteração à lei do financiamento dos partidos políticos. "O PS vai querer fazer pequenas correcções à lei.

Ao nível do financiamento público a exigência não deve ser a mesma para os que têm e para os que não têm", afirmou o deputado socialista a propósito da subvenção pública recebida pelos partidos com assento parlamentar, à saída da reunião. "Ficámos sensíveis a um tratamento diferenciado, a lei tem de ser razoável", disse o socialista, considerando ainda que estas "são questões pertinentes".

"Estes partidos [os pequenos] são importantes, e queremos chamar a atenção para esta questão", disse por seu lado Paulo Trancoso, do Movimento Partido da Terra, que funcionou como porta-voz dos partidos. "Ficámos agradados", acrescentou, referindo-se à reacção do PS sobre a matéria. Já o líder da bancada parlamentar do PSD, Paulo Rangel, revelou ao sair da reunião que esta correu "muito bem" e que os partidos estavam "muito bem preparados".

"As propostas carecem de um estudo. Temos uma proposta e vamos proceder a esse mesmo estudo", alertou o social-democrata, em declarações à Lusa. No final da audiência com o PSD, Luís Filipe Guerra, do Partido Humanista, afirmou que este grupo de pequenos partidos tem de ser "moderado nas expectativas".

"Da parte do PSD houve um reconhecimento de que há razoabilidade na nossa pretensão", declarou. O representante do Partido Humanista acrescentou ainda que os sociais-democratas demonstraram "alguma cautela por causa da reacção da opinião pública", rejeitando o facto de que as medidas propostas sirvam para diminuir "a transparência das contas dos pequenos partidos".

"É preciso tratar diferente o que é diferente", concluiu. Os partidos de reduzida expressão eleitoral defendem alterações à lei do financiamento partidário aprovada em 2003, propondo “um processo de prestação de contas mais simplificado e um regime sancionatório mais leve”.

O projecto de lei propõe que os partidos cujo movimento financeiro seja igual ou inferior a 30 mil euros anuais e que não tenham direito a subvenção pública “poderão optar por ficar abrangidos por um regime de contabilidade simplificado”.

Esta proposta prevê ainda que a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, que coadjuva o Tribunal Constitucional na fiscalização das contas partidárias, só intervenha na apreciação das contas dos pequenos partidos “se tal for necessário” para apreciar a respectiva legalidade. O diploma propõe também que as auditorias ou peritagens que actualmente podem ser promovidas por iniciativa do TC se apliquem apenas no caso de partidos que recebam a subvenção ou com um movimento financeiro anual superior a 300 mil euros.

O grupo de partidos que reivindica as alterações inclui o Partido da Terra (MPT), o Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP-MRPP), o Partido Democrático do Atlântico (PDA), o Partido Humanista(PH), o Partido da Nova Democracia(PND), o Partido Nacional Renovador(PNR), o Partido Operário de Unidade Socialista(POUS) o e Partido Popular Monárquico(PPM).

...

06.07.08, Pedro Quartin Graça
Hirsch: Uma notícia arrasadora: Petróleo a US$500/barril dentro de três a cinco anos


por Jim Kunstler
O momento da verdade na semana passada foi o aparecimento de Robert Hirsh na CNBC, no programa financeiro matutino "Squawkbox", no qual sugeriu a probabilidade de US$500 por barril de petróleo dentro de "uns três a cinco anos". A apresentadora Becky Quick ficou claramente confusa diante do impassível Sr. Hirsch, autor de um (então) assustador relatório elaborado em 2005 para o Departamento de Energia (desde então mencionado como Relatório Hirsch e enterrado pelo secretário da Energia) que advertia quanto aos medonhos efeitos sobre o modo de vida americano quando a situação do Pico Petrolífero ganhasse velocidade.
Talvez o maior contestador da realidade tenha sido o absolutamente idiota Larry Kudlow no show da noite sobre dinheiro, o qual manteve-se a repetir a lenga-lenga "furem, furem, furem" quando lhe apresentaram sinais de que alguma outra coisa além dos "especuladores do petróleo" estava a conduzir os preços para cima e a criar escassez global. Estes idiotas retornam sempre ao amuleto de que "há muito petróleo fora daqui".
O que eles não percebem é que mesmo no momento em que o mundo está a desfrutar o pico máximo da produção de todos os tempos (algo em torno dos 85 milhões de barris por dia), aquele mesmo mundo está a exigir pelo menos 86 milhões de barris -- assim mesmo que se pense que há mais petróleo do que nunca, não há bastante.
E o fosso só pode ficar maior.A diferença entre o que está disponível e o que é procurado está a ser sentida pelos países pobres e pessoas pobres nos países mais ricos. Os países do Terceiro Mundo que não têm petróleo estão simplesmente a retirar-se do mercado, e as classes mais baixas nos EUA estão a ter de escolher entre comprar gasolina e velveeta [1] .
As inundações no cinturão do milho certamente agravarão o problema aqui nos EUA. Intervalos para almoço em breve podem ser uma coisa do passado para a WalMart Associates. Talvez eles se ponham apenas a jogar video games nos seus telemóveis no parqueamento de carros a fim de aliviar a fome.Enquanto isso, a noção de que furar furar furar no offshore dos EUA e mais acima no Alasca resolverá este problema mostra quão incrivelmente desinformados estão os noticiários dos próprios media.
A probabilidade de ser encontrada qualquer coisa ao largo da Califórnia ou da Florida é próxima de zero, mesmo que compensasse em parte o esgotamento em curso no punhado de velhos e estabelecidos campos super-gigantes dos quais o mundo obtém a maior parte do petróleo. A propósito, apoio a ideia de furar na Reserva Natural do Alasca porque penso que isto pode ser feito de um modo higiénico e, o mais importante, faria com que os cornucopianos idiotas, imbecis da extrema-direita, finalmente calassem a boca acerca disso -- antes de descobrirem que aquilo contem menos da metade do abastecimento anual de petróleo dos EUA às actuais taxas de utilização.Também na frente do "enquanto isso", a reunião de domingo da OPEP, em Jeddah, Arábia Saudita, foi simplesmente uma evasão desesperada, uma fantochada, um teatro kabuki de impotência.
Mais uma vez os sauditas estão a pretender que podem aumentar a sua produção -- em resumo, a pretender que realmente têm algum poder no jogo. Como destacou Jeffrey Brown em THEOILDRUM.COM , o reino ainda mostrará um firme declínio de três anos em relação às suas taxas de produção de 2005 mesmo se fossem capazes de aumentar a produção actual tanto quanto eles dizem que farão em 2008.
Toda esta realidade principia a penetrar a consciência colectiva nos EUA, mas o resultado é sobretudo pânico ou descrença paralisada ao invés de qualquer conjunto de respostas inteligentes. Exemplo: recebi um telefonema de um dos produtores do Katie Couric no noticiário da CBS de sexta-feira. De algum modo, eles perceberam que os preços do petróleo estavam a tornar-se um problema na América.
Chamaram-me para um comentário. A parte assustadora era que eles estavam claramente a tratar tal questão como uma estória "estilo de vida". Será que eu pensava que mais suburbanitas mudar-se-iam para o centro das cidades? E seria isso uma boa coisa...? Eles não tinham a mais mínima pista sobre quão vastamente e profundamente estas dinâmicas afectarão a vida deste país, ou mesmo a nossa capacidade para permanecermos um país. Também, a propósito, isto demonstra como a rede dos noticiários nocturnos tornou-se o equivalente das antigas "páginas da mulher" dos jornais diários.
O universo paralelo do mundo financeiro está a mostrar a tensão resultante de toda esta ansiedade com o petróleo -- uma vez que, afinal de contas, o petróleo é o recurso primário para movimentar economias industriais. Passou-se algum tempo desde que os rapazes ao serviço dos banqueiros embarcaram na sua aventura fatal de alquemizar uma nova estirpe mutante de instrumentos de investimento para substituir as velhas acções e títulos, os quais representavam a esperança para a produção do excedente de riqueza da actividade industrial -- agora posta em debate pela estória do petróleo.
A ideia dos investimentos mutantes era produzir riqueza com nenhuma actividade real produtora de riqueza. Este velho truque, antigamente conhecido como finanças Ponzi ou um "esquema de pirâmide", era naturalmente auto-limitante, e de um modo que acabaria por se demonstrar muito destrutivo para sociedade como um todo. De facto, ele minou fatalmente a legitimidade de todo o sistema financeiro, e iniciou-se um estado de náusea abrangente quando testemunhamos todos a dissolução do fundamento da economia dos EUA sob um tsunami de dívidas que nunca serão reembolsadas.
Os mercados parecem saber isto, os actos mais interventivos estão a guinchar mais acerca disso, alguns bancos estão a emitir amedrontadoras advertências "duck-and-cover" [2] , utilizando frases de filme de horror tais como "...pior do que na Grande Depressão dos anos 30..." e o público geral está a afundar na areia movediça da bancarrota, devolução aos donos, e ruína. Não estive em quaisquer festas no relvado no Hamptons deste ano, mas imagino que borbulhas eczematosas de ansiedade estão a competir com queimaduras depois de acabado este ano. Realmente, estamos certos de voltar aonde estávamos por esta altura no ano passado, apenas pior.
O petróleo duplicou, a comida está terrífica, as barragens romperam-se, as pessoas que dirigem as coisas estão a borrar as calças, e toda a gente está à espera da queda final. -- 23/Junho/2008.

NOTAS
[1] Tipo de queijo nos EUA.
[2] Duck and Cover era o método sugerido de protecção pessoal contra os efeitos de uma detonação nuclear que o governo dos Estados Unidos ensinou a gerações de escolares dos Estados Unidos desde o fim da década de 1940 até a década de 1980. Este método era suposto protegê-los no caso de um ataque nuclear inesperado o qual, diziam-lhes, podia acontecer a qualquer momento sem advertência. Imediatamente depois de verem um clarão de luz eles tinham de parar o que estavam a fazer e ficar sobre o chão sob alguma cobertura -- tal como uma mesa, ou pelo junto à parede -- e assumir a posição fetal, deitadas com a cabeça para baixo e cobrindo as cabeças com as mãos. Os críticos consideram que tal treino seria de pouca, se é que alguma, valia em caso de guerra termonuclear, e tinha pouco efeito além de promover um estado de desconforto e paranóia. A finalidade era criar no povo a aceitação da possibilidade da guerra nuclear.

Veja o vídeo aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=489IEnzg6GU&eurl=http://oam.risco.pt/blogger.htm
A versão portuguesa deste artigo foi realizada e publicada originalmente pelo blogue Resistir e chegou-nos através dos blogs Futuro Comprometido e o António Maria (http://oam.risco.pt/blogger.html)