Nuclear16-04-2008 23:13
Deputados do mundo unidos pelo desarmamentoUm representante da organização Parlamentares pela Não-Proliferação e Desarmamento Nuclear (PNND, na sigla inglesa) esteve recentemente em Lisboa e conseguiu que dois deputados portugueses aderissem a esta causa.
Este grupo, criado na Nova Zelândia, congrega cerca de 500 deputados de mais de 70 países e tem como objectivo o desarmamento nuclear.
Alyn Ware, coordenador global da PNND, esteve em Lisboa pela primeira vez e os seus argumentos convenceram a vice-presidente da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros, Leonor Coutinho, do PS, e Pedro Quartin Graça, do Partido da Terra.
Portugal deve inverter o seu sentido de voto e aprovar um tratado internacional para abolir completamente as armas nucleares, quando este for novamente a votação nas Nações Unidas, apela Alyn Ware.
Enquanto advogado, este elemento da PNND representou a Nova Zelândia no processo que levou à condenação do Estado francês pelo Tribunal Internacional de Justiça, em 1995, por causa dos testes nucleares realizados no Atol de Mururoua. Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido já não têm o exclusivo das armas nucleares.“A Índia e o Paquistão testaram armas nucleares, em 1998, demonstrando que as têm.
Acredita-se que Israel tenha armas nucleares e há mesmo provas disso, e a Coreia do Norte retirou-se do Tratado de Não-Proliferação e também testou uma arma nuclear. Por isso, ao todo são nove os países que têm armas nucleares actualmente, outros podem desenvolver essas armas num futuro próximo”, adverte Alyn Ware, coordenador global da PNND.
Reunião em Xangai
O dossier nuclear iraniano juntou esta quarta-feira, em Xangai, as seis potências que estão a discutir o retomar das negociações com Teerão.O encontro juntou naquela cidade chinesa representantes dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França - marcaram também presença a Alemanha e um representante da União Europeia.
Segundo um dos participantes chineses, não foi possível chegar a um consenso total, no entanto, há acordo sobre os principais pontos do plano para retomar as conversações com o Irão.
Link audio (Rádio Renascença):