Os pontos-chave da candidatura do MPT, os Candidatos e a Comissão de Honra serão apresentados na próxima 2ª feira às 11 horas na Esplanada do Restaurante Linha d´Água, Jardim Amália Rodrigues (Alto do Parque Eduardo VII). Está convidado(a)!
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7 Colinas 7 Medidas para Lisboa
As linhas de acção que propomos para o sucesso da cidade fundamentam-se numa estratégia de participação dos seus habitantes na definição das políticas e na negociação transparente das soluções propostas. É fundamental ter uma visão integrada de Lisboa numa futura área metropolitana. O nosso projecto para a cidade implica também uma forte mobilização dos recursos técnicos existentes na Câmara Municipal de Lisboa, hoje em dia afastados da procura de soluções para os problemas com que a cidade se debate.
1. PLANO VERDE. Promover o Plano Verde. Apoiar a interligação das manchas verdes da cintura com os espaços rurais dos concelhos limítrofes. Promover o fecho do último elo do corredor verde, entre o Parque Eduardo VII e Monsanto. Reconhecer e valorizar a paisagem rural intersticial de Lisboa. Promover o encadeamento contínuo dos pontos de fuga de espaços verdes através do alinhamento das vias principais com os planos das colinas. Proteger intransigentemente o perfil das colinas de Lisboa.
2. CREDIBILIZAÇÃO ECONÓMICA. Definir imediatamente um plano de credibilização financeiro para o município. Inventariar com carácter de emergência todo o património da Câmara Municipal. Definir o património camarário que deverá ser preservado a todo o custo e o património a alienar em condições a definir posteriormente. Elaborar um plano de reescalonamento da dívida com transformação dos créditos em atraso em divida vincenda, envolvendo garantias reais. Negociação do “spread” a partir das garantias do Banco de Portugal baseadas no risco País. Analisar o funcionamento das actuais empresas municipais e aferir a necessidade da sua manutenção face aos recursos humanos desaproveitados que existem no município.
3. PROXIMIDADE AO CIDADÃO. Erradicar a situação actual de hostilidade para com o cidadão, sobretudo o idoso, hostilidade para com o peão em geral e para com os automobilistas. Recentrar as políticas da autarquia na promoção da qualidade de vida dos munícipes. Elaborar um plano geral de acessibilidades. Promover a coordenação e fiscalização eficazes da duração e localização dos estaleiros de obras públicas e privadas. Pugnar pela defesa do interesse público face ao interesse privado. Desenvolver os percursos pedonais existentes e restabelecer os que foram eliminados ou simplesmente esquecidos.
4. REQUALIFICAÇÃO URBANA. Suspender imediatamente o processo de densificação urbanística e de ocupação descontrolada dos espaços intersticiais, enquanto não se proceder à integração do PLANO VERDE no PDM. Reapreciar os processos de maior impacto que se encontram pendentes. Promover a habitação para jovens e os espaços de fomento de criatividade, a custos controlados, nas zonas de actividade industrial ou comercial, desactivadas no centro da cidade. Defender o comércio tradicional do centro da cidade e as profissões liberais aí sedeadas, associando custos pesados à implantação na cidade de grandes centros comerciais. Devolver às actividades turísticas e de hotelaria tradicional os imensos espaços no centro da cidade anteriormente ocupados por agências bancárias que foram entretanto fechadas. Promover a implantação de cafés e esplanadas nos eixos principais e avenidas da cidade.
5. SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL. Dar prioridade a soluções que promovam a sustentabilidade ambiental designadamente em relação à poupança de energia e às emissões para a atmosfera, na perspectiva do protocolo de Kyoto. Desenvolver uma estratégia de apoio inequívoco à reabilitação energética dos edifícios existentes. Desenvolver estratégias para reduzir os percursos urbanos a que os cidadãos estão sujeitos através do apoio ao pequeno comércio tradicional. Reduzir na origem da produção dos resíduos sólidos urbanos. Participar activamente no planeamento de uma rede de transportes racional que tenha repercussões na qualidade de vida do munícipe, nomeadamente através de uma intervenção no traçado das novas linhas de metro, de eléctricos e de autocarros. Reabrir de imediato as linhas de elevadores históricos encerradas devido a causas estranhas ao município. Instaurar processos de pedidos de indemnização relativos a danos induzidas na imagem da cidade por obras públicas ou privadas. Implementação do passe de transportes único para a Área Metropolitana de Lisboa.
6. PROMOÇÃO CULTURAL. Promover a cidade na perspectiva do seu evidente sucesso no espaço europeu através do fomento de promoções culturais e da requalificação de antigas zonas históricas esquecidas que deverão ser conectadas com o centro Histórico tradicional. Requalificar focos em bairros “não históricos” e criar percursos turísticos múltiplos que possam abranger diametralmente toda a cidade (eventualmente pela devolução à cidade de linhas de eléctricos com uma imagem tradicional). Defender intransigentemente o aeroporto da Portela como património insubstituível para a manutenção do turismo de curta duração ou de organização de certames. Defender a imagem simbólica do Terreiro do Paço, face da cidade e do país.
7. O GRANDE ESTUÁRIO. Virar Lisboa ao Tejo, reconhecendo a importância económica da interface do estuário. Reivindicar uma participação decisiva na viabilização do projecto da Terceira Travessia do Tejo. Libertar as fronteiras à frente-rio. Preservar as vistas de rio defendendo-as da voragem imobiliária. Promover as actividades turísticas, de lazer, comerciais e de pesca nessa zona. Exigir a reposição imediata e incondicional do Cais das Colunas. Interditar a construção na frente-rio de novas edificações com volumetrias esmagadoras. Instaurar um processo de indemnização à cidade por danos à sua imagem devido a erros de concepção e gestão desastrosa da obra do Metropolitano.